Pesquisar este blog

terça-feira, 29 de agosto de 2017

DEPRESSÃO INFANTIL



A depressão é uma doença que vem com a “modernidade”, com o “fastfood”, com o “stress” das grandes cidades e avança na mesma proporção que a tecnologia nos traz mais conforto, mais facilidades, mais praticidade, menos interação social, menos comunicação, menos atividades físicas e menos autoconhecimento.

Hoje, porém, a depressão deixa de ser uma doença de adultos e passa a se manifestar, também, em crianças e adolescentes. Entretanto, diagnosticar a depressão infantil é mais difícil, pois os sintomas podem se confundir com agressividade, mal criação, tristeza e mau humor.

A depressão infantil, no entanto, é mais intensa e persistente que uma tristeza ou mau humor. Geralmente, manifesta-se a partir de uma situação traumática como separação dos pais, doença ou morte na família, perda de um animal de estimação, mudança de colégio, entre outros motivos. A criança com depressão, além de ter comprometida sua interação social, tem sempre uma visão negativa de si, dos acontecimentos diários e do futuro.

A depressão infantil e na adolescência pode apresentar humor instável, agressividade ou irritação, distúrbios do sono, queda no rendimento escolar, diminuição da socialização, perda de energia física e mental, perda de apetite, enurese e encoprese (urinar ou defecar na cama), perda de confiança em si mesma, ou ainda problemas físicos, como dores inespecíficas, mal estar geral, queixas que não respondem ao tratamento médico habitual.

Para o tratamento da depressão infantil, é necessário o trabalho conjunto entre o psicanalista, a família, a escola e muitas vezes até com  psiquiatra. A psicanálise é imprescindível, pois em depressões leves ela é suficiente para curá-la, porém em casos mais graves, a criança deve fazer um tratamento com antidepressivos, receitados pelo psiquiatra. A criança com depressão deve ser estimulada a brincar, participar de atividades recreativas, fazer esportes e interagir com outras crianças.

Eliana Soma
Psicanalista e Psicopedagoga

Nenhum comentário:

Postar um comentário